Cinco anos.
Parece que foi ontem. Parece que faz uma vida inteira.
No dia 2 de maio, há cinco anos, o céu ganhou um pedaço de mim. Uma parte que sorria com os olhos, que aplaudia minhas vitórias como se fossem dela — e eram. A minha maior fã, a mulher que sabia enxergar o meu valor mesmo quando eu mesma duvidava.
Dona Jucelia…
Seu nome ainda ecoa na minha memória com a doçura e a força que sempre carregou. Você não era só minha mãe — era minha fortaleza silenciosa, meu colo nas quedas, minha conselheira, meu público fiel nas plateias da vida.
A saudade não tem sido gentil. Ela aperta no peito como se buscasse um abraço que eu sei que não posso mais alcançar com as mãos. Mas, de alguma forma, ainda o sinto. Nos ventos que me tocam suavemente o rosto. Nas pequenas vitórias que, no fundo, eu sei que você celebra comigo de algum lugar além dos olhos.
Dizem que o tempo cura. Eu discordo. O tempo ensina a conviver, a moldar a dor em lembrança boa, a transformar o vazio em presença sutil. Você segue aqui, mãe, em cada palavra de encorajamento que ainda ouço ecoar em mim, em cada sonho que não deixo morrer porque sei que você acreditaria nele.
O mundo espiritual lhe recebeu, mas aqui, no meu coração, o seu lugar é eterno. E sempre será.
Hoje, mais do que saudade, é amor o que transborda. Amor puro, que nem o tempo, nem a ausência, nem a distância conseguem apagar.
Obrigada por ter sido meu primeiro lar, minha primeira torcida, meu maior amor.
Te amo para além da vida, minha mãe querida.
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