Gritar é para quem ainda precisa provar algo.
Pra quem confunde volume com razão, impulso com verdade.
A maturidade, não.
Ela aprendeu que firmeza não precisa de barulho. Que presença não precisa de plateia. Que força, de verdade, se mostra no tom sereno de quem sabe o que quer — e o que não aceita mais.
A maturidade já chorou o suficiente pra saber que não vale a pena desperdiçar lágrima com o que não floresce.
Já discutiu além da conta e entendeu que há silêncios que falam mais do que qualquer argumento.
Ela não precisa vencer debates — ela escolhe onde vale a pena continuar a conversa.
Ela não precisa provar amor, valor, merecimento.
Ela sabe o que carrega. E por isso, não abaixa a cabeça. Mas também não empina o nariz.
Maturidade é olhar no olho e dizer o que precisa ser dito — com respeito, com clareza e com calma.
É saber sair quando não há mais lugar, e ficar quando o solo é fértil.
É não se encolher, mas também não invadir.
É não implorar por migalhas de afeto. É escolher vínculos que sejam casa, e não campo de batalha.
A maturidade não responde pra ferir, responde pra esclarecer.
Não toma tudo como ofensa — porque entendeu que o outro fala mais sobre si do que sobre você.
Ela não coleciona inimigos — coleciona aprendizados.
E quando alguém tenta tirar sua paz, ela não grita.
Ela se posiciona.
E, se for preciso, ela se retira. Com classe. Com firmeza.
Com dignidade.
Porque quem já se reconstruiu sabe que o silêncio bem colocado vale mais do que mil explicações.
Receba outras colunas direto em seu WhatsApp. Clique aqui.