Há uma força silenciosa na bondade genuína, aquela que se faz sem anúncios, sem holofotes e sem plateia. Ser bom, no fundo, não é sobre o que mostramos ao mundo, mas sobre o que escolhemos ser quando ninguém está olhando.
Vivemos tempos em que as virtudes ganharam vitrines e onde cada gesto parece clamar por reconhecimento imediato. Compartilha-se o abraço, filma-se a doação, narra-se a compaixão. E, embora isso possa inspirar, há algo de sublime na bondade que se cala, que acontece nos bastidores da vida. É essa bondade que tem raízes profundas, porque não busca aplausos, mas, sim, coerência com aquilo que pulsa dentro de nós.
No entanto, ser bom não é ser ingênuo. Não é sobre oferecer ao mundo inteiro a chave do coração, mas sobre aprender a abrir portas para quem merece atravessá-las. Nem todos reconhecerão o gesto, e está tudo bem. Nem todos retribuirão o que damos, e isso também faz parte. Porque ser bom não é um contrato; é uma escolha.
Quem merece, reconhece. Quem tem olhos para enxergar a essência vai perceber a pureza dos atos, mesmo quando encobertos pela simplicidade. E para aqueles que não veem, a bondade, ainda assim, terá cumprido seu papel: deixar o mundo um pouco mais leve, um pouco mais humano.
Portanto, não perca tempo provando quem você é. A autenticidade dispensa justificativas. Continue sendo bom, mesmo que ninguém aplauda, mesmo que poucos percebam. Afinal, a verdadeira recompensa não está no reconhecimento alheio, mas na paz que sentimos ao sermos fiéis à nossa essência.
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