Tem um tipo de sabedoria que não se aprende em livro, não se adquire em curso, não se decora em palestra. É a sabedoria das mães. Aquele sexto sentido afiado, que enxerga além das palavras ensaiadas e dos sorrisos bem vestidos.
Você pode não perceber na hora. Pode até torcer o nariz, achar exagero, dizer que é implicância. Mas quando tua mãe chegar e, com a calma de quem já viu muita coisa no mundo, te disser: “Filha, Fulano não é teu amigo.” ACREDITA e CONFIA.
Porque mãe não precisa de provas para saber. Ela sente. Ela percebe nas entrelinhas, no jeito que a pessoa te olha, no tom com que fala de ti quando você não está por perto. Mãe percebe o desequilíbrio sutil entre quem torce de verdade e quem disfarça inveja de apoio. Entre quem te aplaude e quem mede tua vitória com régua torta.
Mãe nota o que teu coração, ansioso por afeto, insiste em não ver. E não é porque ela quer te afastar do mundo. É porque quer te proteger do que o mundo às vezes esconde.
Anos mais tarde — e você vai se lembrar disso — vai perceber que ela tinha razão. Que aquele “amigo” que te rodeava era só interesse. Que aquele sorriso era fachada. Que aquela companhia te esvaziava mais do que somava.
E talvez você chore um pouco por não ter ouvido antes. Mas também vai sorrir, ao lembrar que tua mãe tentou te avisar.
É assim. Mãe enxerga além. Mãe não erra. E quando erra — que é quase nunca — é por excesso de amor.
Então, da próxima vez que ela pousar a mão no teu ombro, olhar nos teus olhos e dizer com firmeza: “Filha, esse não é teu amigo.” Abaixa a guarda. Ouve com o coração. E agradece por ter alguém que te ama a ponto de dizer o que você ainda não consegue enxergar.
Porque amigos vão e vêm. Mas mãe… mãe sempre fica.
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