Vocês já perceberam como é raro encontrar um lugar onde a gente possa simplesmente estar? Sem ser interrompido, cutucado, chamado, invadido? Um lugar onde ninguém tente nos vender algo, nos convencer de alguma coisa, nos empurrar mais uma promessa vazia?
Pois é. Os livros ainda são esse refúgio.
Talvez o último.
Num mundo onde até o tempo virou produto e o descanso parece culpa, abrir um livro é quase um ato de resistência. É como entrar numa outra dimensão — onde a mente pode vagar livre, os pensamentos podem respirar e o silêncio, esse silêncio tão precioso, reina absoluto.
Num livro, ninguém aparece com uma notificação. Ninguém interrompe com um “patrocinado”. Não tem voz sedutora vendendo felicidade instantânea nem pop-up gritando “compre agora!”. Só você, as palavras e a viagem que começa na primeira página.
Ler é um encontro íntimo e respeitoso. O autor não te exige nada. Ele te convida. E você aceita se quiser. Pode parar, voltar, reler, saborear. O tempo obedece outro ritmo. A vida lá dentro é tão real quanto a que te cerca — ou até mais.
Por isso, leiam livros.
Por sanidade, por prazer, por fuga e por reencontro.
Por liberdade.
Porque enquanto o mundo grita, os livros ainda sussurram. E nesse sussurro, há um abraço.
Receba outras colunas direto em seu WhatsApp. Clique aqui.