Não é fácil ouvir que será preciso passar por uma cirurgia. Mesmo quando o médico explica com segurança, mesmo quando a gente entende que é para o bem, há sempre um susto que vem antes da aceitação. Um nó na garganta. Um medo que não se nomeia. A gente pensa nas filhas, no neto, no trabalho, na vida que pulsa lá fora — e que a gente não quer deixar de viver nem por um minuto.
Mas coragem não é ausência de medo. Coragem é presença de decisão. É quando, mesmo tremendo, você escolhe enfrentar. É quando o amor pela vida é maior que o pavor da incerteza. É quando você olha para o espelho e diz: vai dar certo. Eu vou passar por isso. E vou sair mais forte.
Você respira fundo, confia nos médicos, na ciência, no tempo. Mas, acima de tudo, confia em si. Porque só você sabe quantas vezes já recomeçou, quantas vezes sentiu dor e mesmo assim levantou para encorajar outras mulheres. Só você sabe da sua fé — aquela que não grita, mas que sustenta. Que não exige explicações, só presença.
E nesse momento, mais do que nunca, você se reconecta com o essencial: com a força que te habita, com o amor que te cerca, com a esperança que te move. A cirurgia é um atravessamento, não um fim. É uma pausa que prepara para o próximo capítulo.
Talvez o corpo precise desacelerar, mas o coração segue valente. Porque ele sabe: quem já venceu tantas coisas na vida, vai vencer mais essa também.
Afinal, quando a alma tem propósito, nenhum obstáculo é maior do que a vontade de continuar.
Receba outras colunas direto em seu WhatsApp. Clique aqui.