“O problema não sou eu. É do mundo, que não está preparado para mulheres livres.”
Disse Odete Roitman.
E, sinceramente, eu concordo.
O mundo se incomoda com mulheres que pensam por si.
Que não pedem permissão pra existir, nem licença pra sonhar.
Mulheres que não baixam a cabeça, não diminuem o tom, não se explicam o tempo todo.
A liberdade feminina ainda soa como afronta pra muita gente.
Eles dizem que somos “difíceis”, quando apenas temos opinião.
Chamam de “intensas”, quando ousamos sentir de verdade.
Nos acusam de “frias”, quando aprendemos a nos proteger.
É desconfortável lidar com uma mulher que não se curva —
Porque ela não precisa ser salva.
Nem moldada.
Nem calada.
O mundo aprendeu a aplaudir mulheres que se sacrificam em silêncio, que aceitam migalhas emocionais, que se contentam com espaços apertados.
Mas o problema não somos nós.
O problema é esse modelo de mundo que ainda não entendeu: liberdade feminina não é ameaça. É potência.
Mulheres livres não querem “de mais”. Querem o que é justo.
Não querem “mandar”. Querem caminhar lado a lado.
Não estão “desencantadas”. Estão seletivas.
E isso, pra quem se alimenta do controle, é aterrorizante.
Mas seguimos.
Com a cabeça erguida, o peito aberto e os pés firmes no chão que conquistamos.
Porque a liberdade não nos foi dada.
Foi arrancada, conquistada, desenterrada com as unhas.
E se o mundo ainda não está pronto, que se prepare.
Porque nós já estamos.
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