Não importa o tanto que você queira agradar alguém: caráter não se muda.
Você pode se dobrar em mil gentilezas, pode calar quando gostaria de falar, pode sorrir quando a vontade era chorar.
Pode até se desmanchar em esforços para caber no mundo do outro. Mas se o outro não tiver essência de respeito, não terá nunca.
Caráter não é roupa que se troca. É pele, é raiz, é aquilo que a pessoa faz quando ninguém está olhando. É a escolha que se repete, mesmo sem plateia.
Por mais amor que você tenha, por mais desejo de consertar o que não nasceu certo, não adianta: caráter não se ajeita. Ou existe, ou não existe. E não há convivência, por mais delicada, que sustente a ausência dele.
A vida já é dura demais para ser desperdiçada tentando ensinar honestidade a quem só aprende conveniência. É ilusão acreditar que a sua bondade pode lapidar maldade alheia.
A verdade é simples: você não transforma caráter. Você apenas descobre, cedo ou tarde, o que sempre esteve ali.