Surpresas são lindas. Flores inesperadas, um jantar à luz de velas, uma mensagem no meio do dia… tudo isso aquece. Mas não é isso que sustenta um amor. Porque, no fim das contas, o que faz alguém se sentir amado de verdade não é o gesto pontual – é a constância do cuidado. É saber que pode contar. É perceber que o outro está ali, mesmo quando ninguém está olhando.
O amor que floresce e permanece não se constrói com eventos extraordinários, mas com atitudes ordinárias, repetidas e sinceras. É perguntar como foi o dia e realmente querer ouvir a resposta. É respeitar os silêncios. É sentar junto no sofá depois de um dia difícil, mesmo sem dizer nada. É preparar um café como quem diz: “tô aqui”.
Porque amor mesmo é o que fica depois da euforia. É o que se prova no cotidiano, não nas redes sociais. Amor é quem segura a tua mão quando você tá cansada. Quem te vê vulnerável e não se assusta. Quem te conhece com olheiras e TPM – e escolhe ficar. Sempre ficar.
Amor não precisa de palco. Precisa de presença.
E não me entenda mal: surpresa é um tempero gostoso. Mas constância é o alimento. O que nutre, o que dá segurança, o que constrói alicerce. Quem ama de verdade, não precisa ser extraordinário – precisa ser previsivelmente bom. Previsivelmente leal. Previsivelmente presente.
Porque amar é, antes de tudo, não deixar o outro se sentir sozinho. Mesmo nos dias difíceis. Mesmo quando o encanto do começo já deu lugar à rotina. Amar é fazer morada – não apenas visita.
Amor de verdade não precisa impressionar. Precisa cuidar.
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