Sejamos claros: intimidade não se mede em peles que se tocam.
Ela se revela mesmo é nos silêncios compartilhados, nas mensagens enviadas sem motivo aparente, nos check-ins mentais que perguntam: “Como foi seu dia?” ou “Tá tudo bem aí dentro?”
Intimidade mora nas conversas noturnas quando o mundo lá fora silencia e só sobra a verdade. Mora nos detalhes — um café feito do jeito certo, uma coberta puxada no meio da madrugada, um “chega em casa e me conta tudo”.
Sexo pode ser impulso, desejo, necessidade.
Intimidade, não.
Intimidade é construção. É memória dividida, é presença quando não há nada de especial acontecendo. É quando o outro sabe o que te assusta, o que te alegra, o que te desmonta — e escolhe não usar nada disso contra você.
É um tipo de amor sem plateia.
É afeto quieto, mas constante.
É quando alguém diz com pequenos gestos: “Estou aqui e me importo” — e você acredita.
Porque no fim das contas, o corpo até pode se entregar fácil.
Mas a alma…
Ah, a alma só se despe onde sente segurança.
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