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O uso famigerado dos hormônios e os perigos para a saúde

25/08/2025 05h54

O que era para ser solução virou moda.

E o que deveria ser exceção virou rotina.

Falo do uso famigerado dos hormônios, receitados aos montes, vendidos como elixires da juventude, aplicados como se o corpo fosse laboratório e o tempo, inimigo.


É compreensível: quem não quer mais energia, pele firme, libido em alta e disposição para viver como se o relógio biológico tivesse parado?

O problema é quando a promessa de juventude vem sem o devido cuidado, sem exame, sem critério — e, principalmente, sem verdade.

Hormônio não é vitamina. Não é suplemento natural. Não é perfume que se testa na pele pra ver se combina.


É substância viva, potente, que atua diretamente no coração, no cérebro, nos rins, nos vasos sanguíneos.

E quando usado de forma irresponsável — sem necessidade real, sem acompanhamento adequado — o resultado pode ser devastador:

Coágulos, tromboses, alterações hepáticas, AVCs, fístulas, desequilíbrios emocionais, insônia, ansiedade e até câncer.


O que começa como um “ajuste” pode terminar como um desequilíbrio sistêmico.

E o pior: às vezes o corpo avisa, mas a vaidade silencia.

A paciente sente os sinais, mas não quer abrir mão do resultado estético.

Fica refém do corpo performático e escrava da promessa de estar “bem”, mesmo quando tudo dentro grita que não está.


O que está por trás disso?

A pressão estética, o medo de envelhecer, o culto à aparência e a venda irresponsável de tratamentos hormonais sem respaldo da medicina baseada em evidências.

E, claro, o lucro.

Sempre o lucro.


Não, essa não é uma condenação ao uso de hormônios.

Quando bem indicados, com exames rigorosos, acompanhamento endocrinológico ou ginecológico, e objetivos terapêuticos claros, eles são aliados.

Mas quando usados por modismo, vaidade ou manipulação de falsas promessas, tornam-se armadilhas.


É preciso coragem para envelhecer com saúde.

É preciso lucidez para entender que o corpo não precisa ser jovem para ser feliz.

E que o bem-estar real não vem do que colocamos dentro à força, mas do que cultivamos com equilíbrio e consciência.


Cuidar de si é também saber dizer “não” ao que parece milagre.

E dizer “sim” ao que realmente cura: informação, respeito ao corpo e amor-próprio.


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SIBÉLE CRISTINA
Coluna atualizada de segunda a sábado
Sibéle Cristina Garcia é apresentadora do programa Mais Mulher na UniTVSC desde maio de 2008. Graduada em Pedagogia e Marketing. Pós-graduada em Sexualidade Humana e Sexologia. É especialista em Relacionamento Abusivo, comunicadora, terapeuta e encorajadora da liberdade feminina.
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