Não espere aplauso, não conte plateia, não calcule recompensa. A gentileza, quando é genuína, devolve o troco na hora — e não falo de aplausos nem de agradecimentos. Falo daquela sensação de leveza que enche o peito como se alguém, lá de cima, estivesse cochichando: “Você está no caminho certo.”
Ser gentil num mundo apressado é quase um ato revolucionário. Enquanto a maioria grita, atropela e se defende antes mesmo de ser atacada, o gentil pausa, olha nos olhos e oferece uma palavra que acolhe — não porque o outro merece, mas porque ele escolheu ser assim. Gentileza, diferente do favor, não tem cálculo. Ela se oferece sem esperar devolução, mas, curiosamente, é sempre retribuída — com sorrisos, com calma, com paz.
O mundo até pode parecer um lugar frio e barulhento, mas nunca subestime o efeito de um “bom dia”, de um “vai dar tudo certo”, de um “eu te entendo”. Às vezes, o troco vem em forma de uma lágrima que escorre aliviada no rosto de alguém que você nem conhece. E, nessas horas, você percebe: a gentileza nunca volta vazia. Ela volta inteira, e sempre no tempo certo — ainda que esse tempo seja agora.
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