Escrevi dia desses sobre como os nossos políticos têm nos envergonhado, mas é preciso registrar que eles não são nada mais que uma fiel representação da maioria do eleitorado – que é quem, afinal, os coloca lá a cada eleição. Tivemos nesta semana mais um triste caso envolvendo catarinense, desta vez na Assembleia Legislativa, justamente a Casa do Povo, onde se deve discutir ideias, conviver com as diferenças e não fomentar a intolerância.
Uma senhora de São José visitava a Alesc com um grupo de amigos quando passou na frente do gabinete do deputado Padre Pedro, do PT. Ao ver uma foto do presidente Lula na porta do gabinete, achou-se no direito de arrancar a foto com as unhas, como se fosse a dona do lugar, e a vontade dela deveria ser imposta ali à força. Depois chamam nosso belo e santo estado de Santa Catanazi, ou Santa Catareich, e tem gente que ainda fica brava com isso.
Pensionista militar desde 2006, ela foi identificada a partir das câmaras de segurança da Alesc. Para evitar responder criminalmente pelo ato de vandalismo e ofensa à democracia, teve de colocar outra foto de Lula no lugar, depois de ler uma retratação, onde reconheceu que agiu de forma impensada e desrespeitosa, pediu perdão e se comprometeu a respeitar a democracia, a diversidade de opiniões e aqueles que representam a vontade popular.
Pelo menos neste caso, prevaleceu o bom senso e a pessoa que praticou o ato de vandalismo pôde se desculpar e corrigir seu erro. Ninguém no gabinete do deputado mandou ela assinar ficha de filiação ao PT. Esse é o lado bom da democracia, ela pode votar em quem ela quiser. Mas também é preciso que aprenda a respeitar aqueles que pensam diferente, sem ofensas, sem vandalismo, e com civilidade. No fim, ficou a lição: o amor sempre vence o ódio.
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