Não deveria ter eleições este ano, por causa da pandemia. Isso o professor Ildo Silva, diretor da Unisul TV, já escreveu em artigo aqui no Sul Agora, ainda em março deste ano. Passados sete meses, está ainda mais claro que o país perdeu uma grande chance de economizar recursos e acabar com esse atraso e desperdício que é fazer eleição a cada dois anos.
Além de todo o dinheiro que será gasto na eleição, e que deveria ter sido destinado ao combate ao coronavírus, a campanha política acelera o contágio, justo agora que estamos vivendo uma nova onda da pandemia, com o hospital Socimed já sem leitos de UTI. Ainda não há vacina contra o vírus, e as únicas medidas protetivas são o distanciamento social, o uso da máscara e a higiene das mãos.
As aglomerações são proibidas, e criticadas pela maioria. Aquela famosa foto da Praia do Rosa no feriado de 12 de outubro circulou em jornais e portais do Brasil inteiro. Mas temos visto aglomerações promovidas por candidatos – até caminhadas reunindo correligionários têm sido feitas e, pior, postadas em redes sociais, como se fosse bonito esse desrespeito às recomendações da Ciência.
Não é bonito nem prudente, e a conta veremos chegar logo. Com o relaxamento das medidas protetivas, o que estamos vendo acontecer na Europa chegará até nós brevemente. Foi assim nos outros picos dessa doença, e não tem como ser diferente dessa vez. Por isso, é importante continuar a prevenção, mesmo que alguns candidatos deem um mau exemplo.