Para o STF, a impressão de um comprovante físico do voto, colocaria em risco o sigilo da votação
A impressão dos votos nas eleições brasileiras teriam um custo de R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos ao longo de dez anos, segundo estimativas feitas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A medida foi citada pelo presidente Jair Bolsonaro, em transmissão ao vivo nas redes sociais. O presidente defende a mudança já para 2022, quando concorrerá à reeleição.
Apenas para a disputa de 2018, quando a regra entraria em vigor, seriam compradas 35 mil urnas do novo modelo - de um total de 600 mil. Na época, o novo equipamento teria um custo estimado em US$ 800 (cerca de R$ 2.520), ante US$ 600 (R$ 1.890) do modelo atual. O plano da Corte Eleitoral era trocar as urnas aos poucos, ao longo de dez anos.
A medida, porém, foi barrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou inconstitucional a regra prevendo a impressão de um comprovante físico do voto, pois colocava em risco o sigilo da votação e a liberdade dos eleitores. A decisão da Corte foi confirmada neste ano pelo plenário, em julgamento virtual concluído em setembro.