Hosmany Ramos também já foi condenado por roubos de aviões, contrabando de automóveis e dois homicídios
Em um julgamento que durou 13 horas, o Tribunal do Júri de Itajaí condenou o médico Hosmany Ramos, de 79 anos, pelos crimes de tentativa de homicídio e falsa identidade.
O cirurgião plástico, que ficou famoso na década de 1970 ao trabalhar com Ivo Pitanguy, quando era destaque na sociedade carioca, já havia recebido uma pena de 46 anos, das quais cumpriu 35, por vários tipos de crime.
Entre eles roubos de aviões, contrabando de automóveis, o assassinato de seu piloto pessoal e de um estelionatário.
Ele enfrentou novamente o Conselho de Sentença em Itajaí, desta vez por tentar matar um homem. O crime ocorreu em 1º de maio deste ano e o júri foi realizado nesta quarta-feira (11).
O Tribunal do Júri acolheu integralmente a tese do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e condenou o réu a 10 anos, cinco meses e dez dias de reclusão por homicídio tentado, qualificado por dissimulação ou outro recurso que tornou impossível a defesa da vítima.
A Juíza da 1ª Vara da Comarca de Itajaí considerou a reincidência do réu para o aumento de pena - um processo do Fórum Regional de Santana, na Capital paulista.
De acordo com o promotor de Justiça José da Silva Júnior, o réu ignorou a vocação da medicina, que é salvar vidas, e rumou para um caminho totalmente diverso.
Cometeu crimes gravíssimos, como assalto, sequestro e homicídio, e, depois de passar décadas na prisão, saiu e escolheu Itajaí para cometer mais uma tentativa de assassinato.
O crime
Conforme os autos, no dia 1º de maio deste ano, por volta de 12h30, o réu pediu à vítima para mostrar um terreno que teria interesse em comprar, entre os bairros Cabeçudas e Praia Brava, em Itajaí.
A vítima, então, deslocou-se em seu carro com o réu para o local de interesse. No trajeto, na rua que liga o bairro Cabeçudas à rodovia Osvaldo Reis, o criminoso pediu que a vítima parasse o carro para ele poder urinar.
Ao retornar ao veículo, o réu repentinamente atirou contra o homem, que foi atingido no rosto. Mesmo ferido, ele conseguiu desarmar o condenado, com a ajuda de um homem que passava pelo local no momento do crime.
O réu foi contido até a chegada da Polícia Militar. Ele foi preso em flagrante. A vítima foi socorrida e encaminhada ao hospital, recebendo pronto atendimento, o que evitou sua morte.
A prisão preventiva do réu foi mantida e ele não terá o direito de recorrer da sentença em liberdade.
Receba outras notícias pelo WhatsApp. Clique aqui e entre no grupo do Sul Agora.