O divórcio não destrói famílias.
O que destrói é a farsa. É a mentira de uma família perfeita, que sorri nas fotos e sangra nos bastidores.
Família não é um retrato pendurado na parede. É vínculo, é respeito, é afeto que continua mesmo quando o casamento não deu certo.
O divórcio é só a coragem de admitir que o amor mudou de lugar. É o gesto honesto de não submeter os filhos a gritos abafados, silêncios hostis e abraços sem verdade.
O que adoece as raízes não é a separação, mas a insistência em manter aparências.
Crescer num lar em que os pais não se amam, mas insistem em atuar como casal, ensina que a felicidade deve ser sacrificada para agradar os outros.
Já crescer num lar em que os pais se respeitam, mesmo separados, ensina que o amor pode mudar de forma, mas não precisa virar veneno.
O divórcio não é o fim de uma família.
É apenas a reinvenção dela — sem máscaras, sem mentira, com espaço para que cada um siga inteiro.
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