Ayron tinha menos de dois anos; família registrou boletim de ocorrência
Uma família de Jaguaruna registrou boletim de ocorrência após o cão deles morrer por envenenamento. O caso foi registrado na última semana e segue sendo investigado pela polícia.
Ayron era da raça cane corso e vivia com o casal Kelly Bitencourt e Douglas Bitencourt Cardoso em uma casa do bairro Cristo Rei, próximo ao Fórum de Jaguaruna. “Ele chegou com 42 dias e viveu conosco por menos de dois anos. Era extremamente dócil, amoroso, estava sempre ao nosso lado. O nome Ayron significa ‘iluminado’ e ele trouxe muita luz para nossas vidas”, conta Kelly.
Segundo o casal de empresários, no dia 5 de outubro eles viram, através das câmeras de vigilância da casa, o cão passando mal por volta das 17h. Ao voltar as imagens, eles conseguiram identificar que o Ayron tinha sido envenenado mais cedo, por volta das 13h45 daquele dia. Uma veterinária constatou que a morte foi por envenenamento.
Um boletim de ocorrência foi registrado logo após o crime. “O caso segue sendo investigado, mas ainda não temos nada, não sabemos o motivo. Mesmo pesando 52 kg, ele era extremamente carinhoso. Não incomodava ninguém, latia como um cão normal, mas passava grande parte do dia nos fundos da casa, dormindo. Isso a gente via pelas câmeras. E quando estávamos juntos, ele ficava conosco, dentro da residência”, explica Douglas.
“Nosso muro é grande, tem cerca elétrica. A pessoa teve trabalho com o objetivo de matá-lo. Até chegamos a conversar com alguns vizinhos, mas nunca tivemos reclamações. É muita maldade o que fizeram e isso não ficará impune”, relata Kelly.
Mudança na lei
A lei que aumenta a pena para maus-tratos contra gatos e cachorros foi publicada no fim de setembro no Diário Oficial da União. O texto altera a Lei de Crimes Ambientais aumentando a pena - que passa a ser de dois a cinco anos de reclusão, com multa e proibição de guarda. O autor do crime passa também a ter registro de antecedentes criminais. Antes das mudanças, a penalidade para violência contra animais silvestres, domésticos e domesticados era de detenção de três meses a um ano. As alterações se referem apenas a gatos e cachorros, animais de estimação mais comuns no país.