Taxa começou a ser medida em abril de 2020. Índice ficou em 0,60 nesta semana; a mais próxima do número era de novembro, quando chegou a 0,68
A taxa de transmissão do coronavírus no Brasil alcançou, nesta semana, o menor índice desde abril de 2020, quando começou a ser medida: 0,60, segundo o Imperial College de Londres. O dado foi atualizado na segunda-feira (11).
Na prática, isso quer dizer que cada 100 pessoas infectadas transmitem o vírus para outras 60. Pela margem de erro das estatísticas, essa taxa pode ser maior (de até 0,79) ou menor (de 0,24). Nesses cenários, cada 100 pessoas com o vírus infectariam outras 79 ou 24, respectivamente.
Simbolizado por Rt, o "ritmo de contágio" é um número que traduz o potencial de propagação de uma doença: quando ele é superior a 1, cada infectado transmite a doença para mais de uma pessoa e a doença avança. Quando é menor, ela recua.
O número mais próximo da taxa atual havia sido medido em novembro do ano passado, com 0,68. A data, entretanto, coincide com o apagão de dados que atrasou a atualização de casos e mortes por covid-19 pelo Ministério da Saúde. Como o índice também considera esses dados, isso afeta as estimativas.
Outro ponto é que o Brasil faz poucos testes. Isso pode indicar uma piora na capacidade em achar casos da doença (o que influencia a estimativa da taxa de transmissão).
Por outro lado, especialistas já apontaram que o avanço da vacinação também contribui para a diminuição do número de novos casos. Hoje, 70% da população brasileira já recebeu a primeira dose da vacina, e cerca de 47% já tomou ambas as doses (ou a dose única). Em setembro, o Brasil viu o menor número de mortes por covid desde novembro de 2020.
Mesmo assim, ainda não é possível deixar de lado as outras medidas de combate ao coronavírus – como o uso de máscaras, o distanciamento físico – principalmente evitando aglomerações –, optar por espaços abertos e bem ventilados e a higiene das mãos.