Aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pressiona sistema de saúde e leva governo a adotar medidas emergenciais
O Governo de Santa Catarina decretou situação de emergência em saúde pública devido ao aumento expressivo de casos de doenças respiratórias, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), influenza e gripe grave.
Na sexta-feira (13), a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no estado chegou a 93%.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em 2025 já foram registrados 1.200 casos de SRAG e doenças respiratórias graves, um aumento de 30% em relação ao mesmo período de 2024, que somou 932 casos.
O número de óbitos também cresceu: foram 142 mortes neste ano, contra 67 no ano passado.
O decreto nº 1.031, publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado, permite ao governo ampliar com mais agilidade a oferta de leitos de UTI, inclusive por meio da compra de vagas em hospitais privados.
“O decreto ratifica a compra de leitos e serviços o mais rápido possível para atender à população. Mesmo com a ampliação de 264 leitos determinada em 2023 e o planejamento para a abertura de mais 44, a taxa de ocupação está acima de 90%”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi.
A medida também permite a requisição administrativa de bens e serviços de entidades privadas e atende à Portaria nº 7.211 do Ministério da Saúde, que institui incentivo financeiro excepcional para o atendimento de pacientes com SRAG na rede do SUS.
Como parte das ações de enfrentamento, o estado também ampliou a vacinação contra a gripe para toda a população a partir dos seis meses de idade desde o dia 10 de maio.
“É fundamental que a população se vacine, pois os casos mais graves estão evoluindo para óbito e pressionando nossa rede hospitalar”, reforçou o secretário.
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