Há pouco mais de duas semanas, Luciano Martins, de 42 anos, pode curtir o conforto de sua casa
Há pouco mais de duas semanas, Luciano Martins, de 42 anos, pode curtir o conforto de sua casa. O morador de Imbituba ficou por quase seis meses internado no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Tubarão, após ter sido infectado pela covid-19. Foram 178 dias de internação, sendo 28 dias em coma.
Luciano conta que foram cinco meses sem poder se movimentar e sem falar. “Eu via as pessoas caminhando do meu lado, enfermeiros, médicos e eu estava ali naquela cama. Só queria sair dali logo”, relembra o morador de Imbituba.
Logo no início da pandemia, em abril, Luciano foi internado no Hospital São Camilo, em Imbituba. Na época, a instituição filantrópica nem tinha Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponível. Foram alguns dias sob os cuidados do corpo clínico local, mas, a situação se agravou e ele precisou ser transferido para Tubarão.
Na Cidade Azul, o quadro clínico de Luciano piorou ainda mais, com complicações nos rins, fígado e pulmões. Na época, ele teve que ser internado na UTI do HNSC e ficou por 28 dias em coma. Foram momentos difíceis para a família, já que a doença, desconhecida e de fácil transmissão, não permitia a visita dos pais, da namorada, dos irmãos, sobrinhos, tios e amigos.
“Quando recebi a notícia que ia para casa foi um misto de emoção. De querer ir logo e saber do que teria que enfrentar pela frente”, fala Luciano. Por ter ficado muito tempo internado, o paciente teve os movimentos dos braços e das pernas reduzidos. Limitação que, aos poucos, está sendo superada com fisioterapias, massagens, atendimentos médicos e psicológicos.
Todos os dias, Luciano passa por uma rotina de exercícios para recobrar os movimentos e voltar à vida normal. “Ainda não consigo ficar em pé, mas estou me recuperando. Estou melhorando a cada dia”, fala.
Planos para o Natal
Luciano conta que deve muito a algumas pessoas, entre elas, seu amigo Laerte, a massoterapeuta Pricila, a Tati nutricionista e a secretaria de Saúde da cidade. E, para os próximos meses, Luciano tem planos. “Recuperar-me para que no Natal consiga, como faço todos os anos, há 22 anos, me vestir de Papai Noel e distribuir presentes para crianças carentes”, fala Luciano.