Liberação de autarquia federal, prevista para setembro, ainda não ocorreu
O Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Tubarão, aguarda desde o mês de maio a liberação da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) para iniciar os serviços de radioterapia. O setor, que está pronto há cinco meses, funcionará em um prédio em frente ao hospital.
Esta autorização envolve a análise de toda parte de radioproteção, sendo que necessita de vistoria no local. A CNEN é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), criada para desenvolver a política nacional de energia nuclear.
“Nossa previsão era setembro, mas até o momento não recebemos sinalização do órgão” explica Fábio Tadeu Teixeira, diretor executivo da instituição.
Segundo ele, toda a estrutura já está montada; o Acelerador Linear, instalado, e as equipes que irão trabalhar no setor, treinadas para operar o equipamento.
“Teremos, inicialmente, uma equipe com cinco técnicos em radioterapia, três médicos radio-oncologistas, dois físicos médicos, uma enfermeira, dois técnicos de enfermagem, uma nutricionista, enfermeira estomaterapeuta, equipe de recepção e auxiliares administrativos”.
Enquanto a liberação do CNEN não chega, o HNSC também está importando equipamentos e acessórios de uso geral para a área, da Bélgica e Alemanha. O hospital ressalta que a equipe de técnicos em radioterapia está em constante capacitação para garantir segurança e qualidade no tratamento após o início dos serviços.
A radioterapia faz parte do PER-SUS - Projeto de Expansão da Radioterapia no Sistema Único de Saúde, do MS, que prevê ampliar a assistência oncológica a pacientes atendidos por diversos hospitais regionais do país. A obra teve um investimento total de R$ 8,4 milhões, recurso federal repassado diretamente para as empresas executoras do projeto.
Atendimento
A Unidade de Radioterapia irá impactar no atual atendimento do setor de oncologia, pois os pacientes que hoje estão em tratamento no HNSC e necessitam de radioterapia se deslocam para o serviço de referência, que é Criciúma, causando um desgaste físico, psicológico e emocional.
“Hoje o hospital já tem uma equipe multidisciplinar que realiza o tratamento de quimioterapia, hormonioterapia, imunoterapia e cirurgia oncológica, sendo que a radioterapia veio para complementar o tratamento do paciente”, diz Eloísa da Silva Souza, coordenadora de enfermagem do setor. “Com este serviço integrado avançamos na oferta e no atendimento aos pacientes, fortalecendo nossa instituição, que já é referência no setor oncológico”.
O HNSC tem aproximadamente 900 pacientes/mês que fazem tratamento oncológico na instituição, sendo que 20% destes necessitam de radioterapia. “E ainda temos que levar em consideração outros pacientes que fazem tratamento fora da nossa instituição e que poderão se beneficiar com o serviço”, ressalta.
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