Caso raro levou a acúmulo de líquido nos pulmões. Juliana Perdomo segue intubada
A influenciadora digital Juliana Perdomo, que tem mais de 1 milhão de seguidores no Instagram, está internada em estado grave em um hospital de Goiânia após ter complicações durante o parto. O bebê, Zac, é o terceiro filho da influenciadora e passa bem.
A família informou que ela teve uma embolia amniótica. Segundo o Ministério da Saúde, o quadro “é uma complicação obstétrica rara com mortalidade materna altíssima”.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, a embolia amniótica ocorre quando o líquido amniótico, que nutre o bebê no interior da placenta, entra na corrente sanguínea da mãe.
Clinicamente, esse tipo de emergência se manifesta de forma abrupta e compromete rapidamente o sistema cardiorrespiratório, deixando a mulher sem oxigênio no sangue e com quedas súbita da pressão.
De acordo com o órgão, a embolia amniótica tem taxa de mortalidade de aproximadamente 80%. Além disso, metade dos pacientes que sofrem com a complicação morrem dentro de uma hora após o início dos sintomas.
Para aquelas que sobrevivem, é comum ocorrerem danos neurológicos devido à hipóxia (falta de oxigênio no cérebro).
A condição pode acontecer durante o trabalho de parto, no parto em si ou até 30 minutos após o parto. Por isso, é essencial um tratamento de suporte intensivo para manter a oxigenação e prevenir hemorragias.
O “Guia para diagnóstico e conduta em situações de risco de morte materna”, do Ministério da Saúde, explica que os sintomas geralmente começam com falta de ar súbita, hipotensão (baixa pressão arterial), parada cardiorrespiratória e, em 50% dos casos, os pacientes apresentam convulsões.
Segundo o guia do Ministério da Saúde, o tratamento em casos de embolia amniótica envolve:
- Manter a respiração: Garantir que a pessoa esteja recebendo oxigênio suficiente;
- Manter o coração funcionando bem: Assegurar que o coração esteja bombeando sangue adequadamente;
- Corrigir problemas de coagulação: Tratar qualquer problema que impeça o sangue de coagular corretamente.
Não é possível prever quando a embolia amniótica pode acontecer, mas em geral os pacientes que sobreviveram à embolia amniótica não registraram recorrências da complicação em outras gestações.
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