A graduação deverá passar por uma avaliação externa in loco, conduzida pelo Inep
O curso de Medicina da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), em Criciúma, foi avaliado com conceito insatisfatório pelo Ministério da Educação (MEC) no Conceito Preliminar de Curso (CPC) de 2023.
A graduação obteve nota 2, em uma escala que vai de 1 a 5 — sendo que conceitos 1 e 2 são considerados abaixo do esperado para a qualidade do ensino superior no país.
O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela avaliação.
A nota coloca a Unesc entre os 9% dos cursos de Medicina em instituições particulares que apresentaram desempenho insatisfatório no levantamento mais recente.
O que o CPC avalia?
O CPC é um dos principais indicadores de qualidade do ensino superior brasileiro e considera uma combinação de critérios, entre eles:
• Desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade);
• Valor agregado ao desenvolvimento dos alunos, medido pelo Indicador de Diferença entre os Desempenhos Esperado e Observado (IDD);
• Qualificação do corpo docente, analisando titulação e regime de trabalho dos professores;
• Percepção dos estudantes sobre infraestrutura, organização pedagógica e oportunidades de formação oferecidas pelo curso.
Consequências da nota insatisfatória
Com a nota 2 no CPC, a graduação em Medicina da Unesc deverá passar por uma avaliação externa in loco, conduzida pelo Inep.
Caso o Conceito de Curso (CC) definitivo também indique desempenho insatisfatório, a universidade será obrigada a firmar um termo de compromisso com o MEC, comprometendo-se a corrigir, em até um ano, as fragilidades apontadas.
Se, mesmo após esse prazo, os problemas persistirem, o curso poderá sofrer sanções, que vão desde medidas cautelares até o fechamento da graduação.
Panorama nacional
Entre os 309 cursos de Medicina avaliados em 2023, apenas seis alcançaram a nota máxima (5). A maioria das graduações obteve conceitos 3 ou 4.
Apesar de as instituições particulares dominarem os cursos de excelência, o desempenho proporcional das universidades públicas foi superior, com menor índice de avaliações insatisfatórias.
Entre as graduações com desempenho de excelência, a maioria pertence a instituições privadas sem fins lucrativos, com destaque para faculdades tradicionais da cidade de São Paulo. As mensalidades cobradas nesses estabelecimentos são, em média, de R$ 11,2 mil.
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