Keiko Fujimori admite derrota na eleição peruana e ataca rival socialista
Nesta segunda-feira (19), o socialista Pedro Castillo foi oficialmente declarado presidente eleito do Peru, um mês e meio após as eleições ocorridas no dia 6 de junho. A decisão foi confirmada pelo Júri Nacional de Eleições (JNE), principal corte eleitoral do país sul-americano. A cerimônia de posse de Castillo está marcada para ocorrer no dia 28 de julho, quando o atual presidente interino, Francisco Sagasti, deixará o poder.
As apurações das urnas se estenderam por vários dias depois do pleito, mas com a contagem finalizada, Castillo ficou à frente da candidata da direita Keiko Fujimori por somente 44 mil votos. Keiko é filha de Alberto Fujimori, que assumiu a presidência em 1990, mas governou como ditador entre 1992 e 2000, período em que o Congresso foi fechado.
Pedro Castillo herdará um país muito afetado pela pandemia da Covid-19. A taxa de mortes por milhão de habitantes no Peru por conta da doença é a mais alta do mundo, com 5.860, mais que o dobro da taxa do Brasil, que é de 2.507 mortes por milhão, considerando os números compilados pelo site Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford, no Reino Unido. Os dados consideram números coletados até domingo (11).
Em 2020, a pandemia levou o Produto Interno Bruto (PIB) do Peru a um recuo de 11,1%, segundo cálculos do Banco Mundial.
Keiko Fujimori reconhece derrota
Com o resultado, Keiko Fujimori chegou a sua terceira derrota no segundo turno. A candidata de direita admitiu, nesta segunda-feira (19), a derrota na eleição presidencial do Peru, mas disse que o rival socialista Pedro Castillo venceu de maneira "ilegítima", e prometeu mobilizar seus apoiadores.