O material foi encontrado durante escavações em uma caverna em um penhasco
Israel revelou nesta terça-feira (16) fragmentos de um pergaminho bíblico de 2.000 anos de antiguidade, descoberto no deserto da Judeia, no sul do país, e considerou se tratar de uma descoberta "histórica" e uma das mais importantes desde os Manuscritos do Mar Morto.
Escritos em grego, os fragmentos tornaram possível, segundo pesquisadores israelenses, reconstruir passagens dos livros de Zacarias e Naum, que fazem parte do livro dos 12 profetas menores da Bíblia. O material foi encontrado durante escavações em uma caverna em um penhasco na reserva natural Nahal Hever, no âmbito de uma campanha para combater o saque de patrimônio.
Para realizar a operação, que se estendeu pela parte do deserto da Judeia localizada na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967, a Autoridade de Antiguidades de Israel (AAI) forneceu aos arqueólogos drones e equipamentos de montanha, incluindo cordas para descida de rapel.
Fragmentos anteriores foram descobertos por beduínos nas décadas de 1950 e 1960 nesta "caverna dos horrores", assim chamada por causa dos muitos esqueletos encontrados lá, disse Oren Ableman, da AAI. Nestes novos fragmentos, "encontramos uma mudança textual completamente inesperada, que ainda não explicamos totalmente", disse Ableman.
Em uma passagem, "em vez da palavra 'portais' encontrada nas outras versões, o termo 'ruas' aparece". Os arqueólogos estão tentando descobrir o significado desta variação.