Mudança pegou pais, alunos e professores de surpresa, em Gravatal
A possível municipalização da Escola Estadual Geraldina Maria Tavares, em Gravatal, gerou um forte debate entre professores, alunos, pais e membros da comunidade. A mudança, que pegou todos de surpresa, foi discutida em uma reunião entre a Coordenadoria Regional de Educação (CRE) e professores da instituição, onde foi sugerido que a escola passasse a ser administrada pelo município, alterando a responsabilidade do Estado.
Segundo Tânia Fogaça, representante do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de SC (Sinte Tubarão), a municipalização afetaria diretamente os alunos. Os estudantes dos anos finais (6º ao 9º ano) seriam remanejados para outras escolas, enquanto os dos anos iniciais (1º ao 5º ano) ficariam sob a gestão municipal. Ela também destacou que, caso a mudança ocorra, os professores seriam deslocados para outras unidades escolares, o que geraria um impacto negativo tanto no ensino quanto na estabilidade dos profissionais.
A possibilidade de municipalização já era debatida desde o meio do ano e, durante o período eleitoral, o assunto foi levantado com os candidatos, que foram questionados sobre suas posições a respeito. Tânia expressou a indignação da comunidade escolar, afirmando que a mudança representaria uma perda de autonomia para as famílias, que perderiam o direito de escolher a melhor escola para seus filhos, além de comprometer a qualidade do ensino.
Em resposta a esse cenário, uma comissão foi formada na última quinta-feira (31) para discutir as ações a serem tomadas. A comissão, composta por pais, professores, vereadores e membros do Sinte, já se reuniu com o prefeito de Gravatal, Clei Rodrigues. Embora o prefeito tenha manifestado interesse na municipalização, ele garantiu que ouviria a comunidade escolar antes de tomar uma decisão definitiva.
A situação continua a ser monitorada de perto, e a comissão pretende garantir que os direitos e as necessidades da comunidade escolar sejam respeitados. O vereador Douglas Berola sugeriu que a prefeitura consulte pais e educadores antes de formalizar qualquer mudança.
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