O procedimento ocorre após a prefeita Juliana Maciel (PL) publicar vídeo nas redes sociais onde chama as obras de 'porcaria'
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) instaurou, nesta sexta-feira (19), uma notícia de fato para apurar o descarte de livros de uma biblioteca pública e comunitária de Canoinhas. A investigação é da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Canoinhas, responsável pela área da Infância e Juventude e Educação.
O procedimento ocorre após a prefeita Juliana Maciel (PL) publicar vídeo nas redes sociais onde chama as obras, disponíveis no espaço administrado pela própria prefeitura, de "porcaria" e simula jogar os exemplares no lixo.
Na gravação, a gestora afirma que as obras “Aparelho Sexual e Cia”, de Zep e Hélène Bruller, e “As melhores do Analista de Bagé", de Luís Fernando Veríssimo, eram destinadas a crianças e tinham cunho sexual. As indicações etárias dos livros, no entanto, são juvenil e adulta, respectivamente.
No mesmo vídeo, Juliana ainda afirma que o material fazia parte de um projeto idealizado pelo governo federal. A informação foi desmentida pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República.
O órgão chamou, em nota pública, de desinformação notícias que vincularam a pasta ao projeto e afirmou que a biblioteca, chamada de 'Mundoteca', não tem vínculo com a atual gestão federal, apesar de ter sido idealizada a partir de uma política pública de incentivo.
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