Por Sibéle Cristina
Colunista do Sul Agora, sexóloga, comunicadora e encorajadora da Liberdade FEMININA.
No último dia 12, a Casa da Cidadania foi palco de um evento emocionante e significativo: o grande encontro de confraternização dos grupos da terceira idade dos CRAS de Tubarão. A energia do espaço era contagiante, repleta de sorrisos, abraços calorosos e a alegria de quem sabe valorizar cada momento da vida. E foi nesse ambiente acolhedor que tive o privilégio de conduzir uma palestra reflexiva, interativa e repleta de troca.
Com o tema “Os desafios da sexualidade na terceira idade: começos, recomeços e o poder da autoestima”, a conversa foi um convite para refletirmos juntos sobre o envelhecer com afeto, respeito e, acima de tudo, dignidade. Durante a tarde, exploramos um assunto muitas vezes cercado de tabus, mas essencial para a qualidade de vida em qualquer idade: a sexualidade.
Falar sobre sexualidade na maturidade é falar sobre liberdade, escolhas e reconexões. É entender que, embora os corpos mudem e os ciclos da vida avancem, o direito ao prazer, ao afeto e ao bem-estar emocional permanecem intactos. Conversamos sobre como muitos veem a terceira idade como o fim de algo, quando, na verdade, ela é um terreno fértil para começos e recomeços.
A autoestima foi outro ponto-chave. Envelhecer não significa perder o brilho, mas sim redescobri-lo sob novas luzes. A beleza que vem da experiência e da sabedoria de quem viveu, amou, chorou e se reinventou merece ser celebrada. Quando olhamos para nós mesmos com carinho e aceitação, criamos as condições para construir relacionamentos mais saudáveis, leves e felizes — sejam eles com parceiros, amigos ou conosco mesmos.
Mas a tarde não foi só de reflexões. Momentos de interação e dinâmicas divertidas trouxeram gargalhadas e fizeram o público se enxergar de forma leve, quebrando barreiras e criando novas conexões. Porque, afinal, falar sobre temas profundos não precisa ser pesado — pode ser uma celebração da vida.
O encontro foi um lembrete poderoso de que o envelhecimento é um privilégio, e vivê-lo com plenitude, respeitando nossos desejos e limites, é um ato de amor próprio. A terceira idade é uma fase para florescer, para recomeçar, para viver com autenticidade e liberdade.
Agradeço aos CRAS de Tubarão pelo convite e pela oportunidade de fazer parte desse dia tão especial. Que cada um dos participantes tenha saído inspirado a valorizar sua história, acolher sua essência e, acima de tudo, lembrar-se de que nunca é tarde para amar — a si mesmo e ao outro.
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