Maciel Brognoli lembra da morte do amigo e colega de profissão
Às quatro horas da tarde do dia 10 de fevereiro de 2011, o som seco de disparos de armas de fogo feriu os ouvidos de toda a gente que transitava pela rua Marechal Deodoro, no centro de Tubarão. Para se protegerem da mortal "chuva de balas", os transeuntes deitaram-se no chão, correram à procura de abrigo ou simplesmente gritaram desesperados.
Embora existisse o risco iminente de alguém ser achado por "balas perdidas", a verdade é que para os cidadãos trajados com roupas comuns tudo não passou de um grande susto, pois os tiros tinham um alvo definido: o Guarda Municipal Marcelo Goulart Silva.
Os autores dos disparos foram os bandidos que, pouco antes, haviam roubado uma relojoaria no Beco do Simon. Por uma demoníaca coincidência, na fuga depararam-se com o GM Silva realizando uma simples fiscalização de trânsito. O tradicional uniforme azul-marinho que ele trajava foi o suficiente para que os meliantes o condenassem à morte, pois qualquer que seja a cor da "farda", bandido tem por hábito considerar que todos os agentes de Segurança Pública são obstáculos - e devem ser superados. Desarmado e sem chance de defesa, Marcelo foi covardemente alvejado por três disparos, e na calçada da rua Marechal Deodoro ele tombou sem vida.
Quase uma década depois da perda do nosso querido GM Silva, a dor e a saudade ainda ferem o coração e a alma. Mas posso garantir que ele sempre será lembrado por seus amigos, familiares e colegas de trabalho. Marcelo Goulart Silva está vivo nos corações e na memória das pessoas que tiveram o privilégio de conhecê-lo.