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GERAL
29/10/2024 15h02

Após 56 anos, irmãos se conhecem em hospital durante internação

Alocados no mesmo quarto, irmãos conversaram e perceberam uma história em comum. Foi então que surgiu a descoberta

Graças a uma grande coincidência, dois irmãos se conheceram neste mês, dentro do Hospital Unimed de Criciúma, após 56 anos sem qualquer tipo de contato.


Lucenir Maria da Silva, 56 anos, e Severino Estevam, de 68 anos, irmãos por parte de pai, foram alocados no mesmo quarto da unidade hospitalar em 2 de outubro. Em meio a conversas, viram que suas histórias tinham muito em comum.


A comerciante Lucenir acompanhava o marido, que fez uma cirurgia e foi encaminhado para a unidade de internação do Hospital Unimed. Lá já estava o funcionário público aposentado Severino, acompanhado da esposa, e em recuperação após um período na UTI.


Com a cortina que divide o cômodo ainda fechada, os casais começaram a conversar.


“O meu marido e o Severino comentaram onde moravam, onde cresceram, coincidiu que todos nós éramos de Araranguá. Falaram da Praia da Caçamba, no Arroio do Silva, da Lagoa do Caverá, que é onde a minha família morava, e todos esses lugares o Severino conhecia também. Foi quando falei ‘eu sou filha do Pedro Miguel, você conhece?’”, conta Lucenir.


Severino entendeu na hora com quem estavam falando, mas fez sinal para a esposa, Jucélia Estevam, não falar nada. Sabendo de toda a história de vida do marido, no entanto, ela não resistiu e deu uma ajudinha para aproximar a família, chamando Lucenir até a área onde estavam.


“Primeiro fiquei quieta, muito surpresa, mas depois resolvi falar: ‘Então vem aqui, esse é teu irmão, filho de Pedro Miguel também’. Eu precisava aproveitar essa oportunidade”, lembra Jucélia.

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Nesse momento, Lucenir foi até a cama de Severino e pegou nas mãos dele. Os dois se abraçaram pela primeira vez em 56 anos, idade da caçula de seis irmãos.


"Sempre soubemos que tínhamos um irmão, mas a gente não podia se aproximar, era coisa de família, mas a gente sempre se perguntava como ele estava, como tinha sido criado".


A comerciante conta que já tinham falado até que o irmão havia morrido.


"Então o sentimento é de muita felicidade em saber que ele está vivo, que tem uma família maravilhosa e que agora é nossa família”, continua.


Já Severino diz que ganhou um presente. "Ela veio até mim e me abraçou. É uma sensação gostosa, é como uma joia que tu tinha perdido e achou".


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Com informações do G1 SC
Agora Sul
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