Tem gente que respira, mas não vive. Anda, mas não sente. Sorri, mas por fora. Por dentro, é vazio que ecoa.
E o mais curioso é que esse tipo de gente, que já desistiu de si sem sequer anunciar luto, costuma estar por todo lado: comentando a vida alheia, medindo o passo dos outros, apontando falhas com o dedo sujo da própria frustração.
Porque quem está morto por dentro… ocupa a alma com o que sobra. E o que sobra é o que não lhe pertence.
A vida dos outros vira combustível. E não por admiração — mas por comparação. É o “por que ela e não eu?”, é o “como ela conseguiu?”, é o “ela acha que é o quê?” disfarçado de preocupação, conselho ou crítica. Tudo pra desviar a atenção de um fato inegável: não há mais luz ali. Só projeção.
É mais fácil viver a vida dos outros do que encarar a própria estagnação. É mais confortável atacar do que recomeçar. É mais rápido julgar do que mergulhar nas próprias dores e ter coragem de renascer.
Mas a verdade é simples, ainda que incomode: ninguém cresce diminuindo o outro. Ninguém floresce sufocando jardim alheio.
Se tem alguém te olhando com desdém, é porque você ainda pulsa. Você ainda sonha. Ainda brilha. E isso incomoda quem já apagou.
Então, siga. Mas siga inteira. Siga viva. E, sobretudo, siga sua.
Porque quem vive de verdade… não tem tempo nem interesse em viver a vida de mais ninguém.
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