Que Débora tenha um retorno maravilhoso. Que possa, enfim, sentir o abraço apertado dos filhos, ouvir suas risadas sem pressa, adormecer com a certeza de que está onde sempre deveria ter estado: em casa.
Mas que fique claro: isso não foi concessão, nem favor. Foi pressão. Foi voz coletiva se recusando a aceitar o inaceitável. Foi sororidade em sua forma mais pura - mulheres, mães, cidadãs que não se calaram, que não permitiram que a injustiça passasse despercebida.
Porque quando a internet se une, quando as ruas gritam, quando o povo entende sua força, até aqueles que se acreditam intocáveis precisam ceder. O Supremo não é soberano sobre a nação. A soberania é do povo. E se tivéssemos essa consciência todos os dias, talvez não precisássemos lutar tanto por aquilo que deveria ser direito, e não concessão.
O poder do povo está na sua voz. Quando muitos falam ao mesmo tempo, quando o grito se torna impossível de ignorar, as estruturas balançam, os muros caem, e a mudança acontece. O silêncio é o que fortalece os que governam sem olhar para o povo. A coragem de falar é o que enfraquece as injustiças.
Hoje foi Débora. Amanhã, quem será? Quantas outras injustiças ainda aguardam por vozes que as denunciem? Que essa vitória seja um lembrete: a verdade não se apaga, a justiça pode até tardar, mas nunca deve falhar.
A luta não termina aqui. Ela apenas começou.
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