A mentira nunca chega sozinha. No começo, pode parecer um deslize inocente, um desvio pequeno, uma desculpa para evitar um conflito. Mas, como uma rachadura em vidro fino, ela se espalha, se infiltra, se torna parte da estrutura até que tudo desmorone.
Na primeira mentira, a relação perde o encanto. Algo se quebra, ainda que imperceptível. A mágica do “eu confio em você” começa a se desfazer, deixando no ar uma dúvida silenciosa.
Na segunda mentira, a relação perde a confiança. Porque agora já não é sobre um erro isolado, mas sobre um padrão. O coração passa a se proteger, a se perguntar se tudo que foi dito até então era verdade.
Na terceira mentira, a relação perde a admiração, e o amor vai embora junto. Porque amar não é apenas sentir, é acreditar. E quando a verdade se esvai, o que resta são apenas sombras do que um dia foi real.
A mentira não destrói de uma vez. Ela corrói aos poucos. E quando nos damos conta, o que era sólido virou pó.
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