A libido da mulher não mora no corpo, mas no que ela sente. É um reflexo direto do cuidado, do carinho e da atenção que ela recebe. Não é algo que se ativa com um botão, mas com gestos que constroem uma base sólida de segurança e amor. Parece óbvio, não é? Mas, ainda assim, precisa ser dito.
O desejo feminino nasce no terreno fértil da conexão. Ele floresce quando ela se sente vista e valorizada, quando as palavras que chegam até ela não são apenas vazias, mas carregadas de sinceridade. Quando um simples “você está linda” não é uma estratégia, mas um reconhecimento genuíno.
E, no entanto, quantas vezes a mulher é tratada como se a libido fosse uma obrigação? Como se o desejo devesse existir sozinho, descolado de como ela se sente em relação ao outro e a si mesma? Ignoram-se as nuances do feminino, como se carinho, respeito e admiração fossem dispensáveis.
A mulher é como uma flor sensível ao ambiente. Não porque seja frágil, mas porque é profunda. Ela precisa de um solo seguro para crescer, de luz que aqueça e não queime. Quando ela se sente amada, quando não há dúvidas sobre o lugar que ocupa no coração de quem está ao lado dela, a libido é natural, fluida, abundante.
Mas, quando há frieza, desatenção e descaso, ela se retrai. Porque o desejo não sobrevive em solo árido. Sem elogios sinceros, sem demonstrações de carinho, sem o aconchego de palavras e gestos, a chama do desejo fica fraca, como um reflexo do que lhe falta.
Por isso, é importante lembrar o óbvio. Tratar bem uma mulher não é uma questão de romantismo idealizado, mas de humanidade. É perceber que o desejo dela começa na mente e no coração. Que cada carinho, cada elogio, cada momento de presença é um convite para que ela se sinta à vontade no próprio corpo e na relação que está vivendo.
Quando uma mulher se sente bem tratada, o desejo não é uma obrigação – é uma resposta. É a soma de tudo que ela recebe e devolve em forma de entrega.
Então, sim, o óbvio precisa ser dito. Para que quem está ao lado de uma mulher entenda que a libido não é exigida, mas cultivada. E que o amor, quando é verdadeiro e cuidadoso, é o maior afrodisíaco que existe.
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