Vivemos tempos em que as máscaras são feitas de simpatia. Gente que te cumprimenta com entusiasmo, mas que, assim que vira as costas, destila julgamento. Um “como você tá linda!” que escorre falsidade nos cantos da boca. Um “pode contar comigo” que nunca se cumpre. O mundo anda cheio de gente assim: boca doce, alma amarga.
Elas sabem sorrir para fotos, fazer pose de empatia e espalhar frases bonitas nas redes sociais. Mas na vida real, vivem afiando a língua. Comentam, insinuam, criam versões, espalham meias-verdades como se fosse justiça. Falam com o tom certo, mas com intenções tortas.
São venenosas elegantes. Sabem usar palavras como agulhas: pequenas, mas certeiras. E enquanto você tenta entender onde errou, elas seguem colecionando aplausos por uma bondade que não praticam.
Essas pessoas ferem com o que dizem — e, muitas vezes, ainda mais com o que fazem questão de deixar subentendido. São especialistas em plantar dúvida, disfarçar desprezo com elogio, e pintar inveja com tom de preocupação. Você já deve ter ouvido um “só estou falando isso porque me preocupo com você”, seguido de uma alfinetada certeira, não é?
A verdade é que quem é do bem não precisa provar isso o tempo todo. Quem é do bem não precisa se esforçar para parecer gentil: simplesmente é.
Por isso, desconfie dos sorrisos largos que escondem olhos frios. Cuidado com quem te elogia demais, te procura só quando precisa ou se mostra interessada apenas quando te vê brilhar.
A língua pode ser faca. Mas também pode ser ponte. Escolha andar com quem fala para te levantar — não para te sabotar. E se tiver que se afastar, que seja com a leveza de quem não carrega rancor, mas com a firmeza de quem não aceita mais conviver com o falso.
Porque gente venenosa não merece o seu jardim.
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