Começa como passatempo. Uma indicação de amigo, uma propaganda colorida, uma promessa de dinheiro fácil. Em poucos cliques, o “joguinho” está na palma da mão — e parece inofensivo. Mas é aí que mora o perigo: nos disfarces do vício, nas recompensas instantâneas que seduzem, nos sons de vitória que enganam o cérebro.
O desafio do dragão, o tigrinho, a super aposta. Nomes que parecem saídos de um desenho animado, mas que, na prática, estão entrando nas casas, invadindo a mente e roubando tempo, sono, afeto — e saúde mental.
Há crianças que deixam de brincar para apostar. Jovens que trocam sonhos por promessas digitais. Pais e mães que, silenciosamente, estão sendo engolidos por um vício travestido de entretenimento. E o pior: muitas vezes, ninguém percebe. Porque o vício virtual é sorrateiro, silencioso, e se esconde atrás da tela.
Não se trata mais de lazer. Trata-se de controle emocional, de saúde psiquiátrica, de vidas que estão se perdendo em apostas irreais.
Mas há saída. Há conversa. Há acolhimento. O primeiro passo é parar de achar que é só um joguinho. O segundo, é entender que ninguém vence sozinho. E o terceiro, talvez o mais importante: abrir os olhos antes que o game over chegue para muito mais do que uma partida.
Jogar, sim. Mas com limites. Com presença. Com consciência. Porque o jogo da vida vale muito mais que qualquer aposta.
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