O amor nunca chega com fogos de artifício.
Ele começa nos detalhes — num olhar que demora um segundo a mais, numa mensagem simples que chega na hora certa, num “se cuida” dito com verdade.
É ali, nas pequenas gentilezas, que o sentimento vai se construindo, quase sem que a gente perceba.
O amor nasce de um gesto distraído, de uma risada que combina, de uma conversa que não termina.
É no detalhe que ele cria raiz.
Porque amar é se encantar com o jeito que o outro dobra a toalha, prepara o café, ou conta uma história repetida só pra ver você sorrir de novo.
Mas o tempo é exigente.
Quando o detalhe vira hábito e o encanto vira descuido, o amor começa a desbotar.
Ele não morre de uma vez — vai se perdendo no conjunto da obra.
Nas promessas não cumpridas, nas palavras duras, nos silêncios longos demais.
O que era poesia vira relatório.
E o amor, que era feito de pequenos brilhos, se apaga nas grandes faltas.
No fim, o amor não pede perfeição — pede atenção.
Porque quem ama de verdade sabe:
o que mantém aceso não é o espetáculo, é o cuidado diário.
O amor nasce dos detalhes…
e só continua vivo quando o conjunto da obra ainda faz sentido.
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