Tem algo de mágico no que não se diz.
Quando o olhar fala antes da boca, quando o toque chega antes da palavra, quando o silêncio não pesa — conforta.
É aí que o amor mora: nessa comunicação secreta entre dois silêncios que se reconhecem.
É o suspiro no meio da madrugada quando o outro vira na cama e você sabe que é um pesadelo.
É a pausa na conversa, longa demais para quem assiste de fora, mas exata para quem sente de dentro.
É o bilhete deixado na mesa do café, o cuidado escondido na rotina, o gesto pequeno que ninguém vê — mas que o coração percebe.
O amor, quando é mesmo amor, tem esse código invisível.
Não exige legenda, não cobra tradução, não precisa de declarações diárias nem de promessas ruidosas.
Ele se entende na ausência, se fortalece no respeito ao espaço, e se prova no silêncio:
quando não há barulho, mas há presença.
Os silêncios, quando partilhados por quem se ama, são conversas inteiras.
São declarações sem som.
São pactos de alma.
E talvez seja por isso que o amor verdadeiro não se grita — se sussurra.
Não se mostra — se sente.
Não se explica — se vive.
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