“Não existe mãe solteira. Mãe não é estado civil”, disse o Papa Francisco — e nessa frase, tão simples e direta, reside uma revolução silenciosa contra décadas de julgamento, preconceito e rótulos malditos.
Por que será que, ao longo da história, o termo “mãe solteira” carregou tanto peso, quase como um selo de falha ou de pecado? Como se a maternidade precisasse da chancela de um anel no dedo ou de uma certidão de casamento para ser legítima. Como se a mulher, ao gerar e criar uma vida, precisasse estar acompanhada por um homem para ser respeitada. Como se amar sozinha fosse menos amor.
A verdade é que mãe é mãe. Com ou sem parceiro. Com ou sem aliança. Com ou sem o apoio de quem prometeu ficar e partiu antes do primeiro ultrassom.
Mãe é aquela que acorda de madrugada com o choro, que aprende a dar banho, preparar mamadeira, ir à reunião da escola, pagar boletos e lidar com culpas que ninguém vê. É aquela que, entre o cansaço e o medo, ainda encontra força para sorrir ao ver o filho dormir. E isso não tem absolutamente nada a ver com estado civil.
Ser mãe é estar em estado de presença. É viver em estado de entrega. É se colocar, dia após dia, em um estado de amor incondicional. Isso sim é estado — e dos mais sagrados.
Então, que se cale a voz do preconceito e ecoe a voz da verdade: mãe não precisa de rótulo. Precisa de respeito.
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