Chega um momento na vida em que a gente se percebe inteira. Não perfeita, não resolvida para sempre, mas inteira. Sabendo quem somos, o que queremos, o que não aceitamos mais.
E quando esse momento chega, as metades já não nos servem.
Metade de amor, metade de presença, metade de esforço. Aqueles que aparecem só quando convém, que amam com reserva, que se entregam pela metade para nunca correrem riscos. Não, obrigada.
Porque quem se sente completa não precisa de remendos, de migalhas, de promessas vazias. O que queremos é alguém que transborde conosco, não que nos esvazie pouco a pouco.
E ser inteira assusta. Assusta quem ainda se contenta com menos, quem não está pronto para reciprocidade, quem tem medo de profundidade. Mas isso não é problema nosso. A maturidade ensina que diminuir-se para caber em espaços pequenos nunca será uma opção saudável.
Então seguimos.
De cabeça erguida, de coração leve, com a certeza de que ser inteira não significa estar sozinha. Significa saber esperar, escolher com calma, abrir espaço apenas para quem vem inteiro também.
Porque agora sabemos: tudo que é metade nunca nos fará completas.
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