A gente se acostumou a dizer que está sem tempo.
Sem tempo pra ligar, pra tomar um café, pra escrever aquela mensagem carinhosa, pra visitar, pra olhar nos olhos e escutar de verdade. Sem tempo até pra sentir.
Mas, na real, a falta de tempo é — muitas vezes — uma desculpa bonita pra esconder a falta de vontade. Porque quem quer, arruma um jeito. Nem que seja cinco minutos no meio da correria, nem que seja um “oi” rápido entre um compromisso e outro, nem que seja só pra dizer: “lembrei de você hoje”.
Não é sobre ter a agenda vazia, é sobre ter prioridade. E prioridade a gente não explica com palavras, a gente demonstra com atitude.
Tem gente que arranja tempo pra ver série, rolar a timeline inteira, comentar fofoca, alimentar o ego com curtidas, mas diz não ter um minuto pra manter o que (ou quem) diz amar. Tempo é escolha. Vontade é urgência.
E quando alguém te diz: “desculpa, eu não tive tempo”, ouça com o coração: “desculpa, você não foi minha prioridade”.
A vida é feita de ausências, sim. Às vezes, é impossível estar em todos os lugares, com todas as pessoas. Mas há ausências que machucam porque são escolhas disfarçadas. E há presenças que curam porque são vontades que venceram o relógio.
Se for pra amar, ame com presença. Se for pra cuidar, cuide com tempo. E se não for pra ficar, então que seja com a honestidade de quem assume: “eu não quis tanto assim”.
Porque o tempo… ah, o tempo é só o espelho da nossa real intenção.
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