A gente vai dizendo, sem perceber:
“Eu sou desastrada mesmo.”
“Eu sempre erro nisso.”
“Não levo jeito pra isso.”
“Tenho o dedo podre.”
“Minha vida nunca dá certo.”
E assim, gota por gota, vamos pingando rótulos sobre nós mesmas, até que escorre uma tinta invisível que começa a colorir tudo o que vivemos. As palavras que repetimos têm o poder silencioso de moldar a nossa identidade — e, mais do que isso, de determinar nossos caminhos.
O que você repete com frequência começa a se tornar verdade no seu íntimo, mesmo que seja mentira. Mesmo que tenha sido só uma frase solta, dita no meio de um dia ruim. A linguagem é tão poderosa que o cérebro acredita. E age como se fosse real.
Se você repete que é fraca, dificilmente se sentirá forte.
Se repete que não merece, não saberá receber.
Se vive dizendo que está cansada, talvez não perceba mais a força que ainda tem.
Palavras são como sementes — e o solo é a nossa mente. Aquilo que você repete, cultiva. E o que você cultiva, cresce.
Então, que tal trocar “eu sou assim mesmo” por “eu posso mudar”?
Trocar “nada dá certo pra mim” por “estou construindo o meu caminho”?
Trocar o peso dos rótulos pela leveza de uma nova narrativa?
Porque no fim, identidade não é algo fixo. É algo que a gente escreve, todos os dias, linha por linha, palavra por palavra.
E o que você anda dizendo sobre você?
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