Trinta e quatro dias parecem uma eternidade quando se está entre paredes de hospital. O tempo não se mede pelo relógio, mas pelas batidas do coração, pela expectativa de uma notícia, pela chegada de uma cirurgia.
No meu caso, foi assim até o dia 12 de agosto, quando finalmente aconteceu o procedimento que eu tanto aguardava.
Nesse intervalo, precisei recolher-me. Sem visitas, sem redes sociais, sem voz. Não por vontade, mas por orientação médica. Silêncio imposto, mas necessário.
E nesse silêncio, ouvi o que é mais alto: as orações. Ouvi a fé que vinha de tanta gente, em tantos lugares, pessoas conhecidas e outras que eu nunca vi. Ouvi no invisível aquilo que só Deus consegue traduzir: o amor.
Agora, mesmo no pós-operatório, o recolhimento segue. Continuo sem visitas, sem redes sociais, sem estresse. Apenas o essencial: o cuidado e a calma.
E nesse essencial, agradeço a Deus pelo anjo que colocou ao meu lado, meu marido Jackson, que foi presença, força e colo em todos os momentos. E agradeço às minhas filhas, que estiveram comigo com a mesma coragem e ternura que um dia eu ofereci a elas.
Hoje sigo no pós-operatório. Ainda sem falar, mas com a alma gritando obrigada. Porque, mesmo em recolhimento, eu nunca estive só.
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