Tem noites que o sono não chega. O corpo pede descanso, mas a mente insiste em acender as luzes. Vira-se de um lado, vira-se do outro, e nada. É a insônia, essa visitante inconveniente, puxando conversa quando tudo que você queria era silêncio.
Mas até ela pode ser vista de outro jeito. Porque acordar — seja às sete da manhã ou às três da madrugada — ainda é uma bênção. É a prova de que a vida pulsa, de que ainda há caminhos para serem trilhados, palavras para serem ditas, abraços para serem dados.
A insônia, por mais incômoda que pareça, também é um lembrete: você está vivo. E estar vivo, com ou sem sono, já é milagre suficiente.
Às vezes, é nesses despertares tortos que a gente encontra clarezas. Uma decisão que parecia confusa, uma lembrança que pede perdão, uma ideia que brota no escuro. O travesseiro também pode ser confidente.
Sim, acordar é uma bênção — até quando o relógio insiste em dizer que ainda é madrugada. Porque cada abrir de olhos é uma chance nova. E, convenhamos, chance nova nunca é desperdício.
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