Tive a alegria de conversar com o empresário tubaronense Alexsander Cardoso Mateus — ou simplesmente Alex, como é chamado por todos que o conhecem.
Ao lado da esposa, Ana Paula, e dos filhos, João e Pedro, ele vive numa antiga casa da família, cuidadosamente restaurada por suas próprias mãos.
Durante a semana, a rotina da família corre como a de qualquer outra. Mas, aos finais de semana, eles guardam um tempo sagrado: um mergulho no passado, um desligar das urgências do mundo moderno.
No alto de um morro, após curvas que parecem desenhar a memória do tempo, desfrutam do privilégio de viver com simplicidade — como nos dias de seus avós. Ali, respiram o ar limpo da roça, contemplam o silêncio das árvores e partilham a paz com seus fiéis cães companheiros.
Mas o que mais impressiona nessa vida em meio à natureza é a presença do carro de boi — relíquia viva do passado — e da junta de bois, Gigante e Baiano. Doces como cães, atentos como gente.
Ao menor chamado de Alex, eles se dirigem sozinhos à canga. Os meninos montam em seus lombos com uma confiança que só a pureza da infância conhece. É como se a cena saísse de um livro antigo — ou de um sonho bom.
Junto de outros apaixonados pela tradição, Alex fundou a Associação Amigos dos Carros de Bois. No mês passado, realizaram, no bairro Sombrio, a primeira carreata de carros de bois da cidade. Foi um sucesso — um desfile de raízes — que promete crescer e florescer nos anos que virão.
Obrigado, Alex e família, por abrirem as portas da sua casa e da sua história.
E obrigado, sobretudo, por manterem viva essa cultura que fala com o coração da terra.
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