De quantos momentos de angústia e tristeza se faz um povo acolhedor e solidário? Com quantos vendavais, enchentes, tornados e furacões nós nos tornamos mais resilientes?
Não somos uma cidade alemã, italiana ou de açorianos. Mas temos milhares de descendentes deles entre nós. Somos um pouco de cada um deles, pois acolher é da nossa essência.
Como acolhemos mais recentemente os haitianos e venezuelanos. E brasileiros de outras cidades e estados que vêm pra cá estudar, trabalhar ou morar. E se tornam um de nós.
A música diz que fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas. O quão perfumadas devem estar as mãos generosas dos tubaronenses, sempre acolhedores?
Porque disso é feita a nossa história: com muito sofrimento e angústia, como passamos recentemente e temos passado ao longo dos anos. Mas também de muita superação.
Que outra cidade conta com tantas entidades assistenciais e tantos voluntários? E onde mais eles receberiam tamanho apoio do poder público e das lideranças empresariais?
Qual cidade construiu uma Torre da Gratidão, para homenagear todos aqueles que nos socorreram na enchente de 1974 - um marco à solidariedade e à gratidão?
É o que nos torna diferentes e únicos. Não temos uma festa típica, mas se tivéssemos deveria ser para celebrar o que nos distingue de outras cidades: o acolhimento e a solidariedade.