Um ano atrás, impingiu-se aos motoristas que trafegam na BR-101 quatro praças de pedágio, naquilo que é a primeira (e única) obra de Bolsonaro no Sul de Santa Catarina. No meio da crise econômica gerada pela pandemia e pelo pandemônio, não bastassem os intermináveis aumentos dos combustíveis, os motoristas foram obrigados a pagar para dirigir na BR-101.
Além da CCR, somente as prefeituras onde as praças foram instaladas é que gostam do pedágio, com a arrecadação de ISS. Não é para menos. Para se ter uma ideia do valor que a CCR arrecada: só no feriadão de Ano-Novo, segundo o que a própria concessionária divulgou, 662 mil veículos passaram pela rodovia – em cada um dos quatro pedágios do trecho sul.
Multiplicando pela taxa de R$ 2,10, o ano começou com um faturamento de R$ 5,5 milhões nos pedágios da CCR no Sul de Santa Catarina. Foi mais, na verdade, porque ônibus pagam R$ 6,30 e caminhões, até R$ 12,60 a cada 50km percorridos, em média, no trecho. E que benefícios trouxe, se a CCR só faz roçagem do mato e algumas operações tapa-buracos?
Até hoje, não foi construída a marginal ligando o trevo norte ao trevo central, um trecho pequeno. Na falta dela, quem vem da rodovia Ivane Fretta precisa obrigatoriamente pegar a BR-101 para acessar o Humaitá de Cima e o Parque das Palmeiras, por exemplo. O pior problema, no entanto, ficou claro quando houve a liberação da ponte Paulo Osny May.
Como ela compõe um binário com a ponte do quartel, na BR-101 teria de ser construído outro viaduto, como no binário do acesso central. Como não foi feito, quando se sai pelo acesso norte ocorre um afunilamento (foto), que dá um aspecto de coisa mal-ajambrada. Todo o dinheiro arrecadado no pedágio não foi suficiente para construir um simples viaduto.