Não conheci um prefeito sequer, nestes anos todos em que cubro a área política, que entre na prefeitura com o objetivo de fazer uma má gestão. Todos querem acertar, fazer o seu melhor pela cidade, pelo seu grupo político e pela própria reputação.
Mas por que alguns se destacam mais do que outros? Uns entram para a história como grandes realizadores, ótimos gestores, enquanto, para outros, teria sido melhor – para a biografia deles e para a população – que não tivessem sido eleitos.
Por isso, o primeiro cargo a ser preenchido por uma nova administração deveria ser o de um assessor cuja função seja trazer o prefeito de volta à realidade. Esse assessor deveria ouvir o que as pessoas falam nas ruas e não omitir nada ao prefeito.
Em meio a tantos “aspones”, um político se vê rodeado de gente que o bajula o dia inteiro, dizendo que ele é o melhor prefeito do mundo. O pior é que muitos prefeitos acabam acreditando nessa mentira e, com isso, se distanciam da realidade.
Com alguém que lhe dissesse só a verdade – num papel que uma imprensa ideal deveria exercer –, o prefeito poderia corrigir seus desacertos e ajustar sua gestão. O problema é que todos gostam da sinceridade, mas ninguém gosta dos sinceros.
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