Escrevi na última coluna sobre o grande sucesso da empresa Brasil ao Cubo, de Tubarão, que fatura uma bolada da Mega-Sena todo mês. Esse mérito é do empresário Ricardo Mateus, um visionário que merece todo o mérito pelo crescimento estrondoso do seu negócio. São pessoas como ele que fazem a cidade se desenvolver, e temos um punhado desses, felizmente.
Mas grandes empresários não crescem sozinhos. Precisam de muitas conexões, do esforço de muita gente, pois vivemos todos, para usar uma palavrinha da moda, num ecossistema. Por isso, grandes empresas costumam ter práticas de responsabilidade social, um modo de devolver para a sociedade uma pequena parte de toda a riqueza que acumularam.
Alguns empresários acham que basta somente gerar empregos e pagar impostos. Os empregos que geram não são um favor, mas uma necessidade da empresa. Se não houver mais necessidade o funcionário é dispensado imediatamente. E os impostos são uma obrigação, a começar pelo nome. Caso contrário não seriam impostos, mas voluntários.
Nos EUA e Europa, grandes empresários costumam fazer generosas doações para a caridade. Num país como o Brasil, onde a desigualdade é muito pior, as doações são ainda mais necessárias. Para se ter uma ideia, em Tubarão são mais de 8 mil famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único do Governo Federal; 5 mil vivem com até meio salário-mínimo.
Multiplique-se esse número pelo de membros da família e se terá o tamanho exato do problema na cidade. No ano passado a assistência social da prefeitura fez quase 34 mil atendimentos às famílias em situação de vulnerabilidade social. Ajudar os mais pobres é uma obrigação até religiosa, pois está na Bíblia: “A quem muito for dado, muito será cobrado”.